O Dia em Revista
Orçamento 2025... "Habemus papa"...

Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos têm andado entretidos a "encanar a perna à rã" do Orçamento. Nos intervalos dessa "nobre" tarefa tratam-se mal. Achincalham-se e andam à pedrada. E nem sequer escondem a mão.
A última pedra acabou de ser lançada por Pedro Nuno Santos!... Ficamos agora a aguardar a resposta de Luís Montenegro.
Sendo verdade que em termos de comunicação, o Luís deu cinco a zero ao Pedro, não partilho da opinião que houve, até agora, uma vitória folgada do Luís. É certo, que o que se consegue transmitir é importante, e aí o Luís venceu, mas também não é menos certo que recuou numa das medidas bandeira do seu Governo e deu um passo atrás - provavelmente para tentar depois dar dois passos à frente, teoria que já foi muito do agrado do Durão Barroso - no caso do IRC.
Mas vamos por partes: quem definiu a estratégia de comunicação do PS e pensou que a Alexandra Leitão era quem devia transmiti-la, melhor fora que nesse dia, tivesse metido férias para refrescar as ideias. Um pessoa que diz em vinte cinco palavras o que podia dizer em cinco, não é seguramente alguém que pode transmitir com eficácia uma ideia. E já agora -diga-se, o Pedro Nuno também tem muito que aprender em termos de comunicação!... Assim, não vai lá.
Orçamento 2025... "Habemus papa"...
Enredar-se nas questões e fazer quase tantos comentários sobre a aprovação do Orçamento como o Marcelo, também não foi boa ideia. Vi, por exemplo, o César falar sobre o assunto, e deu cinco a zero ao Pedro Nuno e à Alexandra.
Na minha modesta opinião, a coisa devia ter sido feita de forma mais simples. O Montenegro que apresentasse o Orçamento e até lá, o PS em vez de andar a falar sempre no mesmo, deveria ter-se concentrado nos problemas do País. Dito de outro modo: deixou-se cair no enredo e na teia montada pelo PR, pela AD e pela Comunicação Social - pró Governo, o que quer dizer, que enquanto se falava de Orçamento, todos os demais problemas que assolavam o país, foram esquecidos.
Servir de professor a Montenegro, que só tarde e a más horas percebeu que o IRS Jovem era um burrice que que tinha que pôr de lado, foi uma péssima aposta politica. Apesar de tudo, estiveram bem um para o outro. No caso de Montenegro, andar em campanha eleitoral e no Governo a endeusar uma medida que se deixa cair na primeira oportunidade não é seguramente uma vitória, é uma derrota porque revela que não se pensa no que se propõe nem se cumpre o que se promete.
Já agora, à laia de âparte, cuidado senhor Montenegro!... Olhe que o Abel, salvo erro director do Observador, comentador da CNN e grande contribuinte que foi para as notícias que desacreditavam o Governo do António Costa, já começou a dizer que afinal o Montenegro está a fazer o mesmo que o Governo do PS.
Seja como for e em jeito de remate final, talvez o Governo pudesse começar a governar para todos perceberem ao que vem. É que governar é tomar medidas e não apenas passar cheques.
Desenvolvimento na edição da Barrosana