O Destaque do Mês
Litio - A força da mentira...

O regresso à exploração do lítio voltou
à ribalta mediática. Motivo: a discussão do tema no passado dia 4 de Outubro,
na Assembleia da República, face aos Projectos de resolução de vários Partidos
- Bloco de Esquerda, PCP, Livre e PAN - que solicitavam ao Governo a
interrupção ou cancelamento das concessões mineiras de lítio em Boticas e
Montalegre e que viriam a ser rejeitados pelo PSD, PS, CDS-PP e Iniciativa
Liberal, com a abstenção do Chega e dos deputados socialistas pelo Circulo
Eleitoral de Vila Real, Fátima Correia Pinto e Carlos Silva. Ou seja: mais do
mesmo.
Todos sabem, embora alguns o procurem esconder, que a exploração do lítio teve um "pai"; teve um "filho"; e tem agora um "neto"!... Refiro-me obviamente, aos Governos de Passos Coelho, António Costa e ao actual de Luis Montenegro.
E todos sabemos também, que a famosa frase de Goebbels "a mentira mil vezes repetida se torna verdade", continua a ser um dos pilares da propaganda política, mesmo em regimes democráticos, cujas práticas de comunicação deviam estar nos antípodas das seguidas no tenebroso regime em que a frase foi formulada.
E exemplos não faltam!... O primeiro foi dado a conhecer pelo senhor deputado alentejano do PS, Nelson Brito, que sem saber do que falava, classificou o concelho de Castro Verde – zona mineira - como um daqueles com maior rendimento per capita, superando até -vejam só -, Municipios como Oeiras, esse sim o primeiro do ranking.
E disse isso sem pestanejar, quando se sabe que o rendimento PER CAPITA dos habitantes de Castro Verde, segundo o INE-Instituto Nacional de Estatistica, é até MENOR que o de Montalegre. Isto, para já não falar em termos de "progresso demográfico"!... É que Castro Verde com o seu el dorado das minas, perdeu nos últimos 50 anos, 76,3% da sua população, passando dos então 9004 residentes, para os actuais 6873, números oficiais divulgados pelo INE, segundo os Censos de 2021.
Este, é pois de Facto e de Direito, o progresso, que este senhor deputado pretende oferecer aos Barrosões. Mas não esteve só!... O PSD seguiu pelo mesmo caminho e demonstrou-o no mesmo debate, não só pela voz do seu deputado pelo Circulo de Leiria, Hugo Oliveira, como também pela da Secretária de Estado da Energia, Maria João Oliveira. Ou seja: ambos tiveram a ousadia, de nos debitarem os tais "discursos de cábula" já conhecidos, como se isso fosse novidade, pelo menos para os mais atentos, que em tempo útil os haviam já descoberto na página oficial deste Partido. Discursos "passa culpas", que não fogem à regra daquilo que já se tornou num habitué, como se o seu Partido não tivesse culpas no cartório.
Não há por isso volta a dar, a não ser "chamar os bois pelos nomes"!... Como aao longo dos últimos sete anos vimos afirmando , o Governo de Passos Coelho foi o pai do litio; o de António Costa o filho; e o de Luis Montenegro pretende ser o do neto.
Nesta matéria são todos iguais e não hesitam em sacrificar uma região em nome do lucro, proveniente de uma "droga", que a vingar, e esquecendo o terramoto de 1755, se transformará na maior catástrofe alguma vez ocorrida em Portugal.
OS RISCOS DA EXPLORAÇÃO
QUEREMOS UM CONCELHO SUSTENTÁVEL
Dito isto, jamais poderemos embarcar na frase de Goebbels!... A verdade tem de prevalecer na sua dimensão original, e a decisão terá que passar pelas mãos do Povo Barrosão. E porquê?!... Porque socorrendo-nos - entre muitos outros - do estudo levado a efeito em Julho de 2023, pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge IP, teremos de concluir que os impactos associados à exploração de lítio a vingar, representarão para o território e para o seu povo, o que de pior as drogas representam para um qualquer ser humano.
Falamos dos impactos visuais, no que diz respeito à morfologia do terreno; da alteração da ocupação e uso dos solos e do que isso representa em termos de saúde para as populações, para a fauna e para a flora; das consequências sociais, decorrentes das actividades económicas existentes; da contaminação dos solos; da deposição de resíduos; da hidrologia de superfície; dos depósitos de terras colocados na envolvente das linhas de água; da hidrologia subterrânea; da interferência nos circuitos hidráulicos e rebaixamento de poços e captações; da contaminação das águas resultante da acumulação de resíduos industriais; e até das escombreiras atravessadas pelas águas da chuva, entre muitas outras, que seria um nunca mais acabar de referir.
Ora se isto não é uma "droga", digam-nos então o que é!... Nada que assuste a senhora Secretária de Estado, que até nos julga de ignorantes. "Temos que reconhecer que existe muita oposição local a novos empreendimentos e projectos de exploração mineira. Isto deve-se ao medo do desconhecido e a uma imagem degradada do sector" - afirmou a senhora, que falava na conferência "Conversas Informadas sobre o lítio em Portugal", que decorreu na sede da Ordem dos Engenheiros, em Lisboa.
É preciso ter muita lata!... Se a imagem do sector se encontra "degradada", isso é um problema que apenas diz respeito ao mesmo, e àqueles que à míngua de esmolas, lhe fazem o frete. Já quanto ao desconhecido, não é palavra que se aplique ao Povo Barrosão, isso sim talvez à dita membro do Governo, ao demonstrar que não sabe do que fala.
Uma coisa é certa: o lítio em Barroso, só avançará se o Povo o permitir. Não deixemos é as "despesas da casa todas nas costas da Presidente" – não há milagres.
Sim!... Queremos um concelho sustentável, mas não ao "preço do lítio", que se constitui isso sim como o reverso da medalha.
LITIO EM BARROSO É IGUAL A TRAGÉDIA...
O regresso à exploração do lítio voltou à ribalta mediática. Motivo: a discussão do tema no passado dia 4 de Outubro, na Assembleia da República, face aos Projectos de resolução de vários Partidos - Bloco de Esquerda, PCP, Livre e PAN - que solicitavam ao Governo a interrupção ou cancelamento das concessões mineiras de lítio em Boticas e Montalegre e que viriam a ser rejeitados pelo PSD, PS, CDS-PP e Iniciativa Liberal, com a abstenção do Chega e dos deputados socialistas pelo Circulo Eleitoral de Vila Real, Fátima Correia Pinto e Carlos Silva. Ou seja: mais do mesmo.
Todos sabem, embora alguns o procurem esconder, que a exploração do lítio teve um "pai"; teve um "filho"; e tem agora um "neto"!... Refiro-me obviamente, aos Governos de Passos Coelho, António Costa e ao actual de Luis Montenegro.
E todos sabemos também, que a famosa frase de Goebbels "a mentira mil vezes repetida se torna verdade", continua a ser um dos pilares da propaganda política, mesmo em regimes democráticos, cujas práticas de comunicação deviam estar nos antípodas das seguidas no tenebroso regime em que a frase foi formulada.
E exemplos não faltam!... O primeiro foi dado a conhecer pelo senhor deputado alentejano do PS, Nelson Brito, que sem saber do que falava, classificou o concelho de Castro Verde – zona mineira - como um daqueles com maior rendimento per capita, superando até - vejam só -, Municipios como Oeiras, esse sim o primeiro do ranking.
E disse isso sem pestanejar, quando se sabe que o rendimento PER CAPITA dos habitantes de Castro Verde, segundo o INE-Instituto Nacional de Estatistica, é até MENOR que o de Montalegre. Isto, para já não falar em termos de "progresso demográfico"!...
É que Castro Verde com o seu el dorado das minas, perdeu nos últimos 50 anos, 76,3% da sua população, passando dos então 9004 residentes, para os actuais 6873, números oficiais divulgados pelo INE, segundo os Censos de 2021.
Este, é pois de Facto e de Direito, o progresso, que este senhor deputado pretende oferecer aos Barrosões. Mas não está só!... O PSD seguiu pelo mesmo caminho e demonstrou-o no mesmo debate, não só pela voz do seu deputado pelo Circulo de Leiria, Hugo Oliveira, como também pela da Secretária de Estado da Energia, Maria João Oliveira. Ou seja: ambos tiveram a ousadia, de nos debitarem os tais "discursos de cábula" já conhecidos, como se isso fosse novidade, pelo menos para os mais atentos, que em tempo útil os haviam já descoberto na página oficial deste Partido. Discursos "passa culpas", que não fogem à regra daquilo que já se tornou num habitué, como se o seu Partido não tivesse culpas no cartório.
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